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A pergunta que não quer calar: “Cadê meu papai?”

Ouço atentamente minha filha de 3 anos me questionar:

-Mamãe, cadê o meu papai?

Nessa hora em que o coração repuxa você tem que estar atenta a resposta. Sempre ouvi dizer que limite-se a responder o que te perguntam, ou seja, sem rodeios.

– Filha, você só tem a mamãe…tem famílias que só tem papai e outras que têm papai e mamãe. A nossa é só com a mamãe.

Pronto. Não precisa se alongar. Ela se calou e não perguntou mais. Só não sei quando novamente essa questão voltará na cabecinha dela mas uma coisa é certa: vai voltar e eu tenho que responder. Talvez com a idade ela consiga elaborar melhor a pergunta a ponto de me pedir maiores explicações. Esse é um risco que vou correr.

Alguns livros que li dizem que a melhor forma de explicar o contexto da mãe independente é desenhando. Jamais arriscaria essa alternativa porque simplesmente desenho muito mal; mal mesmo.

Às vezes penso que somos nós que antecipamos o próprio sofrimento acreditando que nossos filhos nunca compreenderão ou aceitarão nossa escolha. Acredito que quanto mais a criança se sente amada , protegida e segura mais essa chance diminui…e muito.

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